Viviane Maria Moraes, auxiliar administrativo, 33 anos (Foto: Álvaro Miranda)
Dos 1.455 postos de trabalho, 1.066 são ocupados por mulheres. Das 35 funções de liderança, 28 são preenchidas por mulheres. Das quatro diretorias existentes no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, três são lideradas por mulheres. Data já tradicional no calendário de celebrações do Hospital, o Dia Internacional da Mulher é motivo de orgulho para as trabalhadoras e de valorização da mão-de-obra feminina no mercado de trabalho.
Pelo terceiro ano consecutivo, profissionais do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro protagonizam a campanha do dia 8 de março. Com o tema ‘A mulher que existe em mim’, as trabalhadoras foram convidadas a refletir sobre o orgulho de ser mulher em um contexto de conquistas de direitos, mas de desafios que ainda não foram superados.
“Mesmo sendo um hospital de retaguarda, sem pronto-socorro, recebemos casos de mulheres vítimas de violência. Para nós, com uma equipe predominantemente de cuidadoras, é muito doloroso vivenciar essa realidade. A violência contra a mulher e o feminicídio precisam ser detidos”, salienta a diretora executiva do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, Maria do Carmo.
Na campanha de 2020, as mulheres escolheram uma frase com a qual se identificam e que exaltam o orgulho de ser mulher em um mundo em que a igualdade de gênero ainda não é uma realidade. Ao longo de quatro dias, as profissionais que quiseram participar da ação foram fotografadas e o resultado das sessões de fotos estão sendo exibidos nos murais espalhados nos 13 andares do Hospital.
Auxiliar administrativo, Viviane Maria Moraes, 33 anos, integra a equipe do Hospital há dois anos. Ela iniciou suas atividades como auxiliar de serviços gerais, hoje atua na recepção e esta foi a primeira vez que participou da Campanha do Dia Internacional da Mulher do Hospital Célio de Castro. “Nunca me calar” foi a frase escolhida por Viviane. “Às vezes acontecem coisas tão difíceis em nossas vidas, que nos calamos. Mas temos que falar. As mulheres estão lutando mais pelos seus direitos e temos que continuar”, diz.
A técnica de enfermagem Jacqueline dos Santos Lessa, 34 anos, concorda. “Sabemos que a sociedade ainda nos vê como sexo frágil, mas somos muito fortes e aguentamos coisas demais. Sou mulher, sou mãe, sou profissional e quero que o meu valor seja reconhecido. Fico feliz em trabalhar em um local de liderança feminina porque sabemos que o mercado de trabalho ainda é difícil para as mulheres”, afirma.
A assistente social Adriana Mara de Oliveira, 37 anos, já é rosto conhecido nas campanhas do Dia Internacional da Mulher do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro. “Sempre participo e sinto-me representada em todos os temas. Escolhi a frase “tire seus padrões do meu corpo” porque sempre fui muito cobrada, desde criança, por não me encaixar em um padrão. Essa frase me empodera, sei que os espaços que delimitam para mim são pequenos e eu quero ser grande. Meu corpo é este, estou feliz e realizada. Me sinto bem e bonita do jeito que eu sou e sempre quero afirmar isso. Por saúde, sim, mas por estética e padrões, não”, declara Adriana.
Para Maria do Carmo, o Dia Internacional da Mulher merece ser lembrado e celebrado. “Com quatro anos de funcionamento, uma equipe numerosa devido ao porte do hospital e um projeto de hospital que é usuário centrado contamos com a força cuidadora de uma equipe majoritariamente feminina, sem nos esquecermos da contribuição individual de cada um e de cada uma para o sucesso do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, que é 100% SUS”, conclui.