Na última sexta-feira, 18 de maio, aconteceu o I Encontro de Codificadores dos Hospitais 100% SUS-BH promovido pelo Grupo de Inovação em Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte. Na ocasião, a enfermeira Luana Caldeira do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) foi premiada em 1º lugar como a melhor codificadora DRG. O reconhecimento inclui a qualidade da codificação e a produtividade. “É motivador receber esse prêmio. É uma recompensa que nos mostra que estamos no caminho certo”, afirma.
Luana chegou ao HMDCC em agosto de 2017. Graduada em enfermagem pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2014, integrava o corpo clínico da UPA JK, em Contagem, antes de ingressar na equipe do Hospital.
O I Encontro de Codificadores dos Hospitais 100% SUS-BH teve como objetivos o alinhamento das codificações realizadas nos sete Hospitais integrantes do projeto e dar o retorno aos codificadores das auditorias realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA-BH) nessas instituições.
O projeto DRG no SUS-BH, do Grupo de Inovação em Saúde da SMSA-BH, teve início em setembro de 2017 e contempla, além do HMDCC, o Hospital Metropolitano Odilon Behrens, a Santa Casa, o São Francisco, o Hospital São José, o Sofia Feldman e o Risoleta Neves.
A metodologia DRG (Grupos de Diagnósticos Relacionados, tradução da sigla em inglês) foi desenvolvida nos Estados Unidos para gerenciamento de custos e da qualidade assistencial e está sendo adaptada pelo DRG Brasil para se adequar ao perfil epidemiológico e assistencial do sistema de saúde do país.
O DRG é um sistema de categorização de pacientes internados em grupos homogêneos, ou seja, com condições clínicas similares. A partir da análise do prontuário, são identificados os fatores irão formar a classificação dos pacientes nos grupos de DRG.
“É motivador receber esse prêmio. É uma recompensa que nos mostra que estamos no caminho certo” – Luana Caldeira (Foto: Olavo Maneira)
DRG NO HMDCC
Luana Caldeira explica que a metodologia DRG faz um resumo da internação do paciente de acordo com alguns dados-chave, como por exemplo: idade, o CID principal e secundário, procedimentos invasivos, se foi necessário utilizar ventilação mecânica e qual o tempo de uso e o tipo de alta.
Esses dados-chaves geram então um resultado do tempo previsto de internação desse paciente. Comparado com o tempo real que o paciente permaneceu no Hospital, gera um indicador da qualidade da assistência. Ou seja, o tempo real de internação não deve ser nem muito maior e nem muito menor que o previsto. “Quando o paciente fica mais tempo que o previsto pelo DRG é preciso investigar o que aumentou esse tempo de permanência. Da mesma forma, se a alta for muito antes da que foi prevista na ferramenta, pode ser um sinal de uma alta não segura”, resume Luana.
Novidade
Até agora, o trabalho desenvolvido por Luana e Jacqueline Vidal, enfermeira que passou a integrar a equipe de codificadoras DRG no HMDCC em fevereiro de 2018, vem sendo realizado no pós-alta, mas desde a última segunda-feira (21/05) começou a ser implementado no HMDCC o DRG Admissional.
Luana explica que, nesse primeiro momento, a metodologia será aplicada nos pacientes eletivos cirúrgicos e usará como parâmetro o CID informado pela Secretaria Municipal de Saúde (que regula a chegada de pacientes ao HMDCC) para gerar o tempo de internação previsto.
A partir desse dado, o setor de Gestão de Leitos, com a auxílio da ferramenta Kanban, já aplicada aqui, vai gerenciar esse indicador. “O objetivo da metodologia DRG é melhorar da qualidade da assistência”, resume Luana Caldeira.