Da esquerda para a direita: Priscila Costa (enfermeira), Marina Matos (cardiologista), Roger Abreu (gerente da linha de cuidado ao paciente clínico), Andrezza Mendes (cardiologista) e Alisson Leocádio (médico clínica médica) | Foto: Álvaro Miranda

Para atender a uma demanda reprimida na Central de Internação de Belo Horizonte, o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) passou a dedicar 24 leitos para pacientes com doenças cardiológicas complexas.  “O nosso objetivo é atender pacientes com suspeita de síndrome coronariana aguda e casos complexos de outras doenças cardiovasculares que necessitam de um olhar e um cuidado especializados”, explica o médico e gerente da linha de cuidado ao paciente clínico do HMDCC, Roger Abreu.

Para a população, a nova oferta de serviço é um avanço no atendimento da Rede SUS-BH. “O paciente portador de doença cardiovascular que antes aguardava nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) por um leito hospitalar, agora vem para o HMDCC e o caso clínico é avaliado e conduzido por nossa equipe”, detalha Roger Abreu.

Andrezza Mendes e Marina Matos com a pacientes Maria Auxiliadora Lazarino dos Reis | Foto: Álvaro Miranda

Diferença para o paciente
O novo projeto iniciou-se em 25 de setembro com 20 leitos para atendimento a doenças cardiovasculares graves como arritmias, miocardite aguda, insuficiência cardíaca em estágio avançado e síndrome coronariana aguda. Os pacientes atendidos aqui são regulados pela Central de Internação de BH, em parceria com o Núcleo Interno de Regulação do HMDCC e as cardiologistas Marina Henriques e Andrezza Mendes.

Além dos 20 leitos de enfermaria, a Unidade de Estabilização Clínica (UEC), localizada no Térreo, dedica 4 leitos ao paciente com perfil cardiológico mais complexo. “Esses leitos são para pacientes de médio e baixo risco, porém em fase aguda do infarto (primeiras 72h) e que, portanto, necessitam de monitorização em ambiente de cuidado avançado, perfil da nossa UEC”, detalha Roger.

“A nossa missão é agilizar o atendimento para quem precisa”, acredita o médico. Outro ganho para a Rede SUS-BH é que o leito dedicado a pacientes com doenças cardiológicas no HMDCC garante a realização de cateterismo dentro da real necessidade do paciente. 

Atualmente, o serviço de Hemodinâmica do HMDCC oferece arteriografia diagnóstica e terapêutica nas especialidades de neurocirurgia e cirurgia vascular e não contempla a cardiologia.

Dessa forma, para os pacientes com diagnóstico ou suspeita de síndrome coronariana aguda, Roger Abreu salienta que a pactuação com a Secretaria Municipal de Saúde de BH garante a realização externa do procedimento em tempo hábil, no máximo em 72 horas.

“Quando a equipe do HMDCC avalia a necessidade do cateterismo, o paciente é cadastrado no SUS Fácil e transferido para outro serviço de saúde referência em cardiologia do município. Caso haja necessidade, a revascularização é realizada imediatamente, mas se é descartada a obstrução coronariana, o paciente retorna ao HMDCC para seguimento dos cuidados e encaminhamentos ambulatoriais.”, pontua.

Integrantes da equipe de Clinica Médica do Hospital e especialistas em cardiologia, as médicas Marina Matos e Andrezza Mendes afirmam que o paciente é o grande beneficiado com os leitos de clínica médica dedicados a pacientes com doenças cardiológicas no HMDCC. “Além do tratamento mais direcionado para sua necessidade imediata, oferecemos a disponibilidade tecnológica para exames. Isso garante diagnóstico preciso e tratamento adequado”, afirma Marina Matos.

Yara Barbosa, diretora assistencial, ensino e pesquisa | (Foto: Olavo Maneira)

Avaliação positiva
A paciente Maria Auxiliadora Lazarino dos Reis, de 65 anos, é só agradecimento. Internada com insuficiência cardíaca diz que, desde que chegou ao HMDCC, começou a melhorar. “Passei antes por uma UPA e por um outro hospital. O atendimento aqui é excelente. Com certeza, estou sento muito bem atendida”, avalia.

Diretora assistencial, ensino e pesquisa, Yara Barbosa afirma que, sem dúvida, esses leitos dedicados a pacientes cardiológicos no HMDCC vêm cobrir uma lacuna importante detectada na SMSA-BH. “Em média, a SMSA-BH ficava com cerca de 75 pacientes diariamente na fila de espera. Atualmente, essa fila reduziu mostrando a grande resposta que mais uma vez o nosso Hospital conseguiu fazer para a cidade de BH”, avalia.