O ano de 2023 se inicia com a incorporação de uma tecnologia fundamental para a qualidade de vida dos pacientes traqueostomizados do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC), a válvula de fala.

Trata-se de um dispositivo terapêutico utilizado para influenciar positivamente a biomecânica da deglutição, contribuir no processo de desmame ventilatório (retirada gradual e progressiva do ventilador mecânico em pacientes com insuficiência respiratória), acelerar o processo de decanulação (retirada do dispositivo plástico ou metálico que se encontra no pescoço de pacientes com traqueostomia) e, ainda, diminuir o tempo de internação hospitalar.

Os benefícios não param por aí! É a válvula de fala que possibilita a fonação e a comunicação de maneira efetiva. Ou seja, a voz sai com mais clareza e potência.

Responsável técnica da equipe de fonoaudiologia do HMDCC, Simone Ventura cita outros pontos positivos do uso dessa tecnologia. “Além de restabelecer a comunicação verbal, resgata o olfato e o paladar, melhora a capacidade de eliminação de secreções, a sensibilidade laríngea e, consequentemente, a qualidade de vida dos pacientes”, pontua.

Indicações
O profissional responsável pela indicação do uso da válvula de fala é o fonoaudiólogo. Isso por que não são todos os pacientes com traqueostomia que podem fazer uso do dispositivo.

À frente do projeto no HMDCC, as fonoaudiólogas Amanda Fioravante, Gizelle Oliveira e Simone Ventura explicam que a tecnologia pode ser utilizada em pacientes “em uso de traqueostomia do tipo Shiley, em processo de reabilitação de deglutição e comunicação, que possua estabilidade clínica, tolerância ao balonete/cuff esvaziado, e com integridade de vias aéreas sem sinais de obstrução”.

No vídeo abaixo, registramos o momento em que o primeiro paciente do HMDCC passa a utilizar a válvula de fala: