Nesta terça-feira, 28 de novembro, equipes de três grandes hospitais da Rede SUS-BH reuniram-se no auditório da prefeitura de Belo Horizonte para debater sobre a diferença no atendimento em saúde das populações vulneráveis.
Os cargos máximos do Hospital Metropolitano Odilon Behrens (HMOB), Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) e Hospital Risoleta Tolentino Neves subiram ao palco do Seminário Vulnerabilidade e equidade: diferenças no acesso do cuidado em saúde para pensar novas práticas nos serviços de saúde que atendam às demandas das populações indígena, negra e LGBTQIAPN+.
“Oferecer equidade no tratamento é uma busca incessante do HMDCC”, afirmou a diretora executiva do HMDCC, Cristina Peixoto.
Diretora geral do Hospital Risoleta Tolentino Neves, Alzira de Oliveira Jorge destacou a alegria de celebrar o encontro desses três hospitais para conversar sobre um tema tão importante. “Carregamos dentro de nós uma série de preconceitos. Precisamos encarar isso para conseguir enxergar o outro em sua individualidade, respeitá-lo e escutá-lo para cuidar bem”, pontuou.
“O direito à saúde é algo precioso para nós e sua defesa deve estar no nosso cotidiano”, declarou a anfitriã do evento e superintendente do Hospital Metropolitano Odilon Behrens, Taciana Malheiros.
Professor emérito da Faculdade de Medicina da UFMG, Dirceu Greco foi o palestrante do evento e destacou a importância de redundar constantemente o óbvio: “o direito à saúde é um direito de todos”.
Na sequência foi realizada uma mesa redonda com o tema ‘Desafios da garantia do acesso e qualidade do cuidado em saúde’ com as presenças de Edna Alves dos Santos, enfermeira da rede de atenção à saúde da população negra, Paulo Tarcísio Pinheiro, médico ginecologista da Rede de atenção à saúde da pessoa trans, Políbio Campos, médico psiquiatra da Rede de atenção aos portadores de transtorno mental e Unaí Tupinambás, médico infectologista representando a rede de atenção à população indígena.
Ao final do evento, o desejo de que a pauta do seminário ganhe cada vez mais adeptos, a necessidade de pensar ações em rede para garantir o atendimento qualificado às populações vulneráveis e de desenvolver estratégias de formação de profissionais de saúde aptos para lidar com as necessidades deram o tom dos próximos passos.