José Márcio Silveira Rezende, líder comunitário e parceiro do HMDCC nas ações de promoção de saúde. Fotos: Álvaro Miranda

 

Ações de promoção de saúde, oportunidade de estágio e fortalecimento de vínculo com a Rede de Saúde Mental da região estão entre as frentes de atuação do Hospital

“A grandeza de uma instituição se define pela proximidade com a comunidade do entorno de onde ela se localiza”. Essa é a opinião de José Márcio Silveira Rezende, 56 anos, liderança social e membro do conselho da Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Milionários e Adjacências (ASCOMBAMA). Para ele, figura atuante em projetos sociais no Barreiro, é certo que a “coletividade fala mais que a individualidade”.

Por isso, reconhece que além do “impacto grandioso para toda a região do Barreiro no atendimento à demanda por internações de urgência e emergência”, a relação institucional do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) com o território e a comunidade vem se estreitando cada vez mais. “A gente percebe que o Hospital não se preocupa em fazer apenas o que é necessário, oferecer atendimento médico para a população, mas se dedica e se preocupa em promover saúde para os moradores”, afirma.

Como líder comunitário da região, José Márcio já foi facilitador e apoiador de duas atividades realizadas pelo Hospital no território. A primeira delas, em setembro de 2018, foi como puxador da 1ª Caminhada contra o sedentarismo, um evento que reuniu trabalhadores e comunidade em um trajeto de 2,2km da porta do Hospital ao Parque Ecológico Roberto Burle Marx.

No mês seguinte, atuou junto com a equipe do Hospital na organização do evento Falando sobre AVC, uma ação que promoveu o encontro da equipe multiprofissional da Unidade de AVC do Hospital com a comunidade, no Centro Esportivo Milionários.


Sirlene Cássia de Moura Dias, técnica de enfermagem do Centro de Saúde Urucuia, foi estagiária no HMDCC

 

Compromisso com o ensino
Além das ações de promoção de saúde, o Hospital Célio de Castro assume também compromisso com o ensino e a formação profissional. Vizinha do Hospital, a Escola Estadual Celso Machado passou a oferecer o curso técnico de enfermagem em 2017 e, no ano seguinte, se tornou parceira da instituição. Hortênsia Chaves, coordenadora do curso, diz que, nos dois semestres de 2018, o HMDCC recebeu 110 estagiários.

Sirlene Cássia de Moura Dias, 43 anos, é uma delas. Moradora do Bairro Brasil Industrial, no Barreiro, foi estagiária do Hospital Célio de Castro no período de abril a agosto de 2018, mês em que concluiu o curso. Aluna da primeira turma, ingressou na carreira assim que se formou atuando como técnica de enfermagem do Centro de Saúde Urucuia, também no Barreiro. “O meu sonho é voltar para o Hospital como funcionária”, afirma.

Gerente do Centro de Sáude Urucuia, Neneca Martins elogia a iniciativa do Hospital Célio de Castro. “A relação da academia com as instituições, unindo prática e ensino, é fundamental para a qualidade da formação profissional. O Hospital se colocar como parceiro do ensino é uma política institucional de extremo valor”, afirma. Segundo ela, a experiência do estágio agrega conhecimento, habilidades, competências e experiência com protocolos para os profissionais, o que é um diferencial para o mercado de trabalho.


Vânia Dolher Souza Baker, psicóloga referência técnica em saúde mental da Gerência de Assistência, Epidemiologia e Regulação

 

Rede de Saúde Mental
Referência no atendimento a pacientes com sofrimento mental, o Hospital Célio de Castro abre suas portas para o debate acerca das temáticas de saúde mental da Rede SUS BH.

Desde o segundo semestre de 2018, o Fórum de Saúde Mental da Regional Barreiro passou a ocorrer no auditório do Hospital. “É um evento que extrapola a regional Barreiro”, afirma a psicóloga referência técnica em saúde mental da Gerência de Assistência, Epidemiologia e Regulação, Vânia Dolher Souza Baker. Segundo ela, “a estrutura física e tecnológica do auditório do Hospital favorece de maneira adequada um evento que é temático e reflexivo”.

Para Vânia, a boa interlocução com o Hospital Célio de Castro é anterior à abertura dos dez leitos de saúde mental. Tanto é que, em dezembro de 2017, foi realizada a exposição ‘Meus dedos derrubam barreiras do mundo’, em parceria com o Centro de Convivência do Barreiro. A Mostra resgatou 21 anos de história da atenção oferecida no Centro de Convivência com trabalhos dos próprios usuários: pinturas, desenhos e bordados.

“Sempre existiu receptividade para a realização de um trabalho integrado ao paciente com sofrimento mental. Por isso, eu coloco o Hospital Célio de Castro como um ponto de destaque da Rede de Saúde Mental em BH”, conclui.