Cento e cinquenta e oito dias de internação e 55 procedimentos cirúrgicos.
Mais de 200 profissionais envolvidos. Dia e noite, durante cinco meses.
Muitas lágrimas, suor e trabalho.
Dor e medo, mas também brilho nos olhos e fé.
A vida se esvaindo em um corpo que chegou aos 35 quilos. De um homem de 52 anos.
E uma fé inabalável que surpreendeu a equipe e desafiou a literatura médica que apontava para um desfecho que o caminhoneiro Gésio Gomes dos Santos se recusava a aceitar.
— Vou sair daqui vivo, ele declarou quando era difícil, muito difícil, acreditar.
“Era um caso muito grave. Casos como o dele evoluem para complicações e é muito raro o que aconteceu com o Sr. Gésio.”, explica a coordenadora da linha de cuidado ao paciente cirúrgico, Elem Caldeira.
A entrada no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) aconteceu em março de 2024. “O motivo da internação era uma fístula no intestino que evoluiu para um abdome agudo perfurativo. E a gente precisava fechar a fístula para depois fechar o abdome do paciente”, relembra a coordenadora.
Tanto tempo de um cuidado incessante e o final não poderia ser mais feliz!
Paciente, família e equipe reunidos em um corredor de aplausos que reconhece a beleza da luta pela vida. Essa luta que precisa (e merece) ser coletiva e que o profissional de saúde sabe bem como torna-la única e valiosa.
Que os espectadores dessa jornada façam coro aos aplausos no que há de mais especial em ser humano: a capacidade de transformar amor em ação.