Ampliação do número de leitos já gera reflexos na melhoria da assistência hospitalar e redução do tempo de espera por internação
A população de Belo Horizonte recebe de presente, nos seus 120 anos, o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro funcionando com sua capacidade total. Nesta quinta-feira, 14 de dezembro, às 9h, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, e o governador do Estado, Fernando Pimentel, participam da solenidade que celebra o funcionamento pleno do Hospital, que já conta com 460 leitos prontos para o atendimento integral.
A iniciativa de ampliar o número de leitos do Hospital Metropolitano, que agora chega a sua totalidade, já refletiu na melhora da assistência hospitalar em todo o Sistema Único de Saúde (SUS-BH). O tempo de espera por internações dos pacientes atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foi reduzido em 35,6%.
Além de aumentar o acesso a internações, o Hospital Metropolitano Célio de Castro também oferece serviços de excelência e passou a ser referência no atendimento do Acidente Vascular Cerebral (AVC), juntamente com o Hospital Metropolitano Odilon Behrens, o Hospital Risoleta Neves e o Hospital das Clínicas da UFMG.
Com a inauguração dos primeiros 15 leitos de AVC, pacientes que necessitam de trombólise (anticoagulação) não aguardam mais que 4 horas para iniciar o tratamento, de acordo com levantamento da Central de Internação da Secretaria Municipal de Saúde relativo ao período de agosto a novembro de 2017. É importante lembrar que as sequelas do AVC podem ser evitadas ou amenizadas se o paciente receber o atendimento em tempo hábil.
Capacidade
Com o funcionamento pleno, a capacidade de atendimento mensal do Hospital do Barreiro, como também é conhecido, é de 2.000 internações, sendo cerca de 1.000 cirúrgicas, além de 3.400 consultas de pré e pós-operatório e 20.000 exames.
Além dos 460 leitos (220 leitos de clínica médica, 100 leitos cirúrgicos, 80 leitos de CTI, 35 leitos de AVC, 10 leitos de decisão clínica e 15 leitos de Hospital Dia), o Hospital conta com 16 salas cirúrgicas e uma moderna e completa estrutura para exames de média e alta complexidade. São eles: angiotomografia, biópsia guiada por imagem, colonoscopia, endoscopia, gastrostomia, CPRE (Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica), Ecocardiografia, Raio-X e Tomografia.
Histórico
Inaugurado de forma parcial em 12 de dezembro de 2015, o Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro funcionou com 47 leitos (39 de observação, seis de CTI e dois de emergência) até setembro de 2016. A partir de setembro do ano passado, chegou a 90 leitos em funcionamento, sendo 10 de CTI.
Em 30 de agosto de 2017, mais 100 leitos foram abertos: 20 leitos de CTI, 15 de AVC, 10 leitos de decisão clínica, 25 leitos cirúrgicos, 15 leitos de Hospital Dia e 15 leitos de clínica médica.
Dessa forma, o Hospital passou a funcionar com 190 leitos: 80 de clínica médica, 30 leitos de CTI, 40 leitos cirúrgicos, 15 leitos de AVC, 10 leitos de Unidade de Decisão Clínica, 15 leitos de Hospital Dia, além de seis salas de cirurgia.
Impactos na saúde
Em agosto de 2017, o Hospital Célio de Castro passou por uma primeira ampliação e alcançou a marca de 190 leitos em funcionamento, inclusive na Terapia Intensiva. O Hospital do Barreiro passou, então, de 10 para 30 leitos de CTI. Com a progressiva ampliação desses leitos, segundo dados da Central de Internações de Belo Horizonte, houve um aumento de 33% no número de atendimentos de CTI adulto – comparando novembro de 2016 com novembro de 2017 – considerando os casos que se enquadram no perfil de atendimento do Hospital.
Em relação à internação em CTI por AVC, o impacto percebido é ainda maior. Também entre novembro de 2016 e novembro de 2017 houve um aumento de 146% no número de atendimentos. “Vagas em CTI e Neurologia (AVC) são problemas de grande demanda e dificuldades das UPAS e hospitais de baixa complexidade. Com o funcionamento pleno, passamos a realizar também cirurgia vascular e a contribuição do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro será decisiva”, afirma Maria do Carmo, diretora executiva do Hospital.
Recursos
Para o funcionamento total do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, o aporte de recursos necessário é de R$ 21,8 milhões. No mês de novembro, o gasto do Hospital foi de R$ 14.473.192,93. Desse valor, R$ 2.199.821,87 foram repassados pelo Ministério da Saúde (MS) e, o restante, pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Na capacidade plena, a expectativa é que cerca de 50% dos recursos venham do governo federal. Ou seja, o pleito da Prefeitura é de que o Ministério da Saúde disponibilize R$ 11.995.418,40 mensais. As portarias publicadas até agora pelo Ministério garantem R$ 3.227.800,86 de repasse mensal a partir de dezembro.
Os 25% dos recursos que cabem ao Estado de Minas Gerais estão contemplados pela Resolução nº 5.991, publicada em 11 de dezembro de 2017, que inclui o Hospital Célio de Castro no Programa PRO-HOSP, com valor previsto para repasse mensal de R$ 5.319.587,50.
Dessa forma, o financiamento do Hospital se dará com 50% de recursos vindos do Ministério da Saúde, 25% do Governo de Minas e 25% da Prefeitura de BH.
Perfil de atendimento
O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro é um hospital geral de retaguarda para urgência e emergência clínica, cirúrgica e AVC. É também referência para a Rede SUS-BH e para o Estado no atendimento de alta complexidade nas seguintes especialidades: clínica médica, ortopedia, cirurgia geral, cirurgia vascular, neurocirurgia, neurologia e urologia.
As vagas são gerenciadas pela Central de Internação de BH. Isso significa que todo paciente que chega ao hospital vem encaminhado pela Central, procedentes das UPAs ou de outros hospitais da rede pública, após ter passado por avaliação de sua gravidade. Isso garante uma maior eficiência na utilização dos recursos assistenciais disponíveis no HMDCC.
A oferta de exames de imagens para pacientes externos é regulada pela Central de Marcação de Consultas e Exames da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA-BH).
Estrutura de atendimento
O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro ocupa uma área construída de 46.000 m², com 13 andares e um heliponto.
Detalhes
- 460 leitos
- 16 salas de cirurgias
- Ambulatório de egressos: 5 consultórios e uma sala de gesso
- Capacidade para 20 mil atendimentos por mês
- 2000 internações/mês
- 1000 cirurgias/mês
- 3400 consultas de pré e pós-operatório/mês
- 20000 exames de diagnóstico/mês
- 100% das enfermarias com dois leitos
- 100% dos leitos de CTI em boxe individual
- 1400 profissionais de saúde do HMDCC e 600 profissionais de atividades de apoio – do parceiro privado
- Equipe multiprofissional
CEBAS-Saúde
A portaria nº 1.860, de 4 de dezembro de 2017, do Ministério da Saúde, concedeu ao Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) a Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social na Área de Saúde (CEBAS-Saúde).
O certificado de filantropia possibilita às entidades a isenção das contribuições sociais e representará para o Hospital uma economia de cerca de R$ 2,2 milhões ao mês. Esse valor mantém 50 leitos de CTI ou 75 leitos qualificados de clínica médica mensalmente.
Certificação
Em agosto deste ano, o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro recebeu o nível 6 da certificação Healthcare Information and Management System Society (HIMSS), que atesta que a instituição é referência mundial na adoção da tecnologia da informação no setor de saúde. Também é o primeiro hospital 100% SUS de Minas Gerais a alcançar essa distinção. Na capital mineira, além dele, somente a Maternidade Unimed – Unidade Grajaú têm o selo de hospital digital.
Com a certificação, o Hospital Célio de Castro passou a integrar o grupo de 13 hospitais brasileiros que conquistaram a HIMSS 6. Entre eles, o Sírio Libanês, de São Paulo. Para o paciente, a certificação HIMSS significa mais segurança e qualidade no atendimento. As próximas certificações em vista são a ONA e a ISO 9001.
Parceria Público-Privada
O Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro foi construído e equipado por meio de uma parceria público-privada (PPP) estabelecida entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Concessionária Novo Metropolitano.
Finalidade da PPP, ele se constitui como um Serviço Social Autônomo de natureza jurídica privada e sem fins econômicos. Assim, o hospital é o responsável pela atividade clínica e assistencial, enquanto a Novo Metropolitano cuida dos serviços de apoio não-assistenciais. Trata-se do primeiro hospital no Brasil com atendimento 100% SUS que segue esse modelo.