Entregue à população de Belo Horizonte no dia do aniversário da cidade, o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) completa 5 anos de história neste 12 de dezembro de 2020 celebrando mais de 800 mil procedimentos e consolidando seu papel fundamental na Rede SUS-BH.
Dados da Central de Internação (CINT-BH) referentes ao período de 1º de março a 08 de dezembro de 2020 mostram que o HMDCC é o segundo da capital mineiraque mais internou pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19, num total de 4.133* pacientes atendidos com a doença.
Inaugurado parcialmente em 2015, com 47 leitos, o Hospital do Barreiro, como também é conhecido, atingiu sua capacidade plena em dezembro de 2017, com 460 leitos. De lá para cá, foram 55.766** internações realizadas, 20.158** cirurgias, 433.114*** procedimentos ambulatoriais e 310.168**** exames de imagens.
Tão importante quanto os números é a satisfação de pacientes e trabalhadores em participarem da construção desta ainda curta, mas muito relevante trajetória de vida. Pesquisa realizada em 2020, pela Ouvidoria do hospital, mostra que 98,96% dos usuários atendidos recomendariam o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro para amigos e parentes.
Rogério da Silveira Francisco, 63 anos, é um exemplo das milhares de histórias de cuidado baseado não só em evidência, mas no vínculo entre paciente e profissional da saúde. “Em primeiro lugar, o Hospital Metropolitano é melhor que hospital particular. Os médicos são tão especiais pra mim que, se eu pudesse, ia aí abraçar um por um. As enfermeiras me trataram com tanto carinho, mas com tanto carinho, que me sinto imensamente agradecido”, declara.
Internado com COVID-19 em agosto de 2020, Rogério está curado e faz questão de mandar recado para a equipe: “Estou na minha casa tem 3 meses e 6 dias. Saí daí no dia 3 de setembro e já estou até dirigindo. Diga a todos que ainda vou voltar para agradecer pessoalmente. Estou só esperando esse COVID acabar”.
Emocionado, ele diz que fica sem palavras para reconhecer o trabalho dos profissionais da saúde. “Eles estão na linha de frente da COVID-19, lógico que precisam do emprego, que precisam do salário, mas eles dão mais do que atendimento, eles dão amor pra gente. E isso pra mim não tem preço. A gente só tem uma vida e todo mundo aí batalhou por mim. Esse hospital é especial e nunca vou me esquecer de vocês”, resume.
À frente do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, a diretora executiva Maria do Carmo, faz coro ao depoimento de Rogério. “Para gestores, trabalhadores e usuários do SUS, o HMDCC significa a materialização de um sonho de um hospital 100% SUS que atende em quantidade e em qualidade, de forma totalmente regulada, respondendo com eficiência às necessidades da Rede SUS”, afirma.
Responsáveis por histórias como a de Rogério, o Hospital Célio de Castro conta hoje com 2.352 profissionais de diversas categoriais que, juntos, trilham uma trajetória de cuidado centrado no usuário, de qualidade técnica e assistencial e de segurança do paciente. A geração desses mais de 2 mil empregos diretos ofertados, incluindo os de empresas contratadas, é outro relevante papel social do hospital.
O médico Pedro Ledic, que atuou ao longo de todo o ano na linha de frente ao combate da COVID-19, ingressou no hospital em março de 2016 e, para ele, relembrar essa trajetória de 5 anos é motivo de muito orgulho. “O que mais me deixa feliz é ter feito parte do começo na construção do serviço do HMDCC. O nosso hospital tem uma importância na saúde de Belo Horizonte difícil de medir. Acho que a palavra que define o que esse hospital faz é diferença. É um jeito diferente de fazer saúde, é um jeito diferente de atender no SUS, é um jeito diferente de trabalhar no SUS, é um jeito diferente de cuidar do usuário do SUS”, diz.
Gerente de Regulação do Acesso Hospitalar da Secretaria Municipal de Saúde, Maria do Socorro Alves Lemos corrobora a importância do hospital para a cidade. “O pleno funcionamento do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro revolucionou a atenção hospitalar no município e região metropolitana. Além de ampliar a oferta de leitos necessários, resolveu questões cruciais como a atenção ao AVC agudo, retaguarda ao trauma ortopédico, urologia e vascular de urgências e eletivas, e recentemente, apoio ao atendimento da síndrome coronariana aguda, impactando na diminuição de mortes e sequelas por essas doenças”, afirma a gerente.
Segundo ela, outro ponto fundamental da relevância do hospital é ele ser 100% regulado pelo gestor municipal, o que amplia a equidade na sua ocupação. “Além disso, na pandemia de COVID-19 mostrou sua capacidade para readequação rápida de seus recursos em atender com presteza e qualidade aos acometidos desta doença”, completa.
FONTES:
* Central de Internação de Belo Horizonte. Dados de 01 de março a 08 de dezembro de 2020.
** DataSus/SIH/TabWin. Dados de janeiro de 2016 a setembro de 2020.
*** DataSus/SIA/TabWin. Dados de janeiro de 2016 a setembro de 2020.
**** Tasy (Sistema de Gestão de Informação do HMDCC). Dados de janeiro de 2016 a setembro de 2020.