John Daniels, auditor da HIMSS, a diretora executiva do HMDCC, Maria do Carmo; o presidente da Novo Metropolitano, Roberto Ribeiro; e Isabel Simão, também auditora da HIMSS (Foto: Olavo Maneira)
No final da tarde de sexta-feira, 4 de agosto, o Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC) foi reconhecido com o nível 6 da certificação Healthcare Information and Management System Society (HIMSS). Somos o primeiro hospital 100% SUS de Belo Horizonte a alcançar esta distinção. Na capital mineira, apenas o HMDCC e a Maternidade Unimed – Unidade Grajaú têm a certificação de hospital digital.
Nessa trajetória de 20 meses de funcionamento, o Hospital Célio de Castro passa a integrar o grupo de 13 hospitais brasileiros que conquistaram a HIMSS 6. Entre eles, o Hospital Sírio Libanês e o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo; e o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga. “Quando a banca veio anunciar o resultado, nos emocionamos, mas eu não poderia esperar um resultado diferente porque o esforço foi muito grande”, afirma a diretora executiva do HMDCC, Maria do Carmo.
A certificação HIMSS é uma das referências mundiais na adoção da tecnologia da informação no setor de saúde. Composta de oito estágios – em que o 0 (zero) significa nenhum tipo de sistema ou tecnologia que dê apoio à assistência ao paciente -, o último nível é o 7 e será o próximo desafio do HMDCC. Atualmente, o único hospital brasileiro nesse nível da HIMSS é o Hospital Unimed Recife.
Para o paciente, a certificação HIMSS significa mais segurança e qualidade no atendimento. Na prática, o nível 6 atesta que o HMDCC mantém no prontuário eletrônico do paciente (PEP) todo o histórico de cuidado dispendido a cada indivíduo atendido na unidade de saúde, que essa informação é integrada e está disponível para diversas áreas.
Entre os benefícios do prontuário totalmente eletrônico (paperless) está a capacidade de o sistema cruzar informações. O médico fica sabendo – no momento da prescrição de um medicamento -, se a droga que ele está indicando interage com outro remédio já prescrito para o paciente. Se isso ocorrer, ele é alertado imediatamente que a medicação não terá o efeito desejado.
Outro exemplo prático é no caso de um paciente com algum tipo de alergia. Nessa situação, o sistema é capaz de alertar os profissionais de saúde em circunstâncias de prescrições de dietas ou medicamentos que podem provocar uma reação do sistema imunológico do paciente.
A HIMSS é uma organização global sem fins lucrativos que é focada em melhorar a saúde por meio da tecnologia da informação.
John Daniels, auditor da HIMSS (Foto: Olavo Maneira)
Pontos positivos
Depois de auditar diversos setores do HMDCC, a boa notícia foi dada por John Daniels, auditor da HIMSS, a lideranças e funcionários do Hospital. Segundo ele, o sucesso de um projeto da magnitude do HMDCC – que tem um modelo de gestão pioneiro no país -, só é possível com lideranças comprometidas e fortes.
Ampliação de leitos em agosto
O HMDCC está em fase de expansão para, até março de 2018, alcançar sua capacidade plena.
Na primeira fase de ampliação, prevista para 30 de agosto, serão inaugurados 89 leitos, sendo 10 de CTI, e quatro salas de cirurgias: duas delas exclusivas para a ortopedia com potencial para realização de até 350 cirurgias ao mês; uma para urologia e outra para cirurgia geral.
Em agosto, o Hospital alcançará, então, 189 leitos em funcionamento, sendo 30 de CTI, além de seis salas de cirurgia.
Atualmente, temos em funcionamento 100 leitos (80 de enfermaria e 20 de CTI) e duas salas de cirurgias.
Em novembro, o Hospital passa a funcionar com 343 leitos ou 76% da sua capacidade. Nessa segunda fase, o número de vagas para CTI passará de 30 para 50 e as salas de cirurgia passam de seis para 16.
A terceira fase da expansão está prevista para março de 2018 com o funcionamento 100%: 451 leitos, sendo 80 de CTI.