A Prefeitura de Belo Horizonte antecipou a abertura de 10 leitos de CTI do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro (HMDCC). Desde quinta-feira, 29 de junho, já foram admitidos nove pacientes vindos da UPA Barreiro (dois), UPA Leste, UPA Pampulha, UPA Venda Nova, UPA Centro-Sul e das cidades de Lagoa Santa, Sabará e Raposos. Nesta segunda-feira, 3 de julho, o último leito foi ocupado. Conforme cronograma de ativação do hospital da PBH esses leitos seriam inaugurados em agosto. A capacidade mensal de atendimento do CTI deve dobrar, saindo da admissão de 50 pacientes para 100.


O HMDCC está em fase de expansão para, até março de 2018, alcançar sua capacidade plena. No próximo ano, a previsão é que estarão em funcionamento 451 leitos, sendo 80 de CTI. A partir de agora, o hospital passa a funcionar com 100 leitos (80 de enfermaria e 20 de CTI) e duas salas de cirurgia.

Na primeira fase de ampliação, prevista para agosto, o HMDCC alcançará 189 leitos em funcionamento, sendo 30 de CTI, além de seis salas de cirurgia. Em novembro, o Hospital passa a funcionar com 343 leitos ou 76% da sua capacidade. Nessa segunda fase, o número de vagas para CTI passará de 30 para 50 e as salas de cirurgia passam de seis para 16. A terceira fase da expansão está prevista para março de 2018 com o funcionamento 100%.

Alta tecnologia
O CTI do HMDCC atende paciente adulto clínico e cirúrgico e é o primeiro da Rede SUS de Belo Horizonte a ter prontuário eletrônico totalmente sem papel. Além da sustentabilidade, essa tecnologia garante mais segurança ao paciente.

Um ponto positivo do prontuário eletrônico, por exemplo, é a capacidade de o sistema cruzar informações. O médico fica sabendo – no momento da prescrição de um medicamento -, se a droga que ele está indicando interage com outro remédio já prescrito para o paciente. Se isso ocorrer, ele é alertado imediatamente que a medicação não terá o efeito desejado.

O transporte de medicamentos e insumos para o CTI do HMDCC é feito via sistema pneumático, que confere agilidade ao atendimento. O sistema funciona como um elevador propulsionado por ar comprimido e é capaz de entregar em qualquer área assistencial do Hospitalmaterial para exames e medicação.

Os 80 leitos de CTI do HMDCC são divididos em oito blocos, cada um com dez camas. Todos os leitos estão em um boxe isolado para evitar a transmissão de bactérias multirresistentes.

Além disso, em cada um dos blocos de CTI do Hospital existe um leito chamado ‘isolado respiratório’, com banheiro próprio, para ser ocupado por pacientes com doenças de transmissão via área como tuberculose ou H1N1. Essa tecnologia não permite a mistura do ar entre o ambiente interno e o externo.

A humanização é um dos valores do HMDCC e, por isso, a visita ao CTI é ampliada e não com horário marcado, prática comum de muitos hospitais. Das 11h às 20h30 o paciente internado pode receber visita.

Além disso, em cada um dos blocos de CTI, três leitos foram projetados para ter vista e permitir que o paciente consciente tenha noção do passar do tempo da internação, fator importante para a saúde emocional e física.

A equipe multidisciplinar do CTI é composta de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistente social, fonoaudiólogo, nutricionista, fisioterapeuta, farmacêutico e terapeuta ocupacional.